sábado, 20 de março de 2010
Ver de?!
Era tudo tão natural, que fazia mal, a forma como tudo acontecia. Eu e ela e nada mais...
O centro de ânsia tão dolorosa que minha barriga produzia ao avistá-la era de forma tal um mal que me fazia necessário.
E assim se ia. Aos dias. Aos berros. Aos elos que formariam de uma forma outra a regra a norma que caminharia, e “rir- ia” de mim a vida (aqui) intera...
Eram nuvens que com meus pés pequenos eu podia alcançar. Alguns passos usando parte do calcanhar...
- a vida é azul dizia eu, deslumbrado com tudo que via lá de cima, mas a outra me rebatia com os longos ventos a passear sobre seus cabelos.
- vejo verde daqui, (dizia ela) não consigo entender como suas retinas são tão burras, aqui ha verde! E esse verde vem do ver, “ver de”: algum lugar...
Enxergar as coisas mais casuais de forma diferente, porque isso amanhã não é mais hoje, e tudo sempre muda (suas dores abdominais, por exemplo, não são mais as mesmas agora) e não adiante tentar reter o tempo, não se pode reter a verdade da vida. O tempo é tão subjetivo quanto à própria vida, é ele que brinca e a coloca pra dormi na hora certa! O incerto é o certo aqui e, mas nada!
É sempre hora de “ver-de” diferente...
Foram suas ultimas palavras, depois disso nos calamos e depois que saímos de lá, ela nunca mais voltou...
O “ver de” novo morreu de tão velho...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ouse sempre deixar: